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Localização de Pedra D'Água e Afetos. Mapa de Pesqueira - IBGE |
O açude de Pedra D’Água foi inaugurado em
1909 cuja bacia hidrográfica tinha a capacidade de 125 mil metros cúbicos de
água. Essa informação consta no valioso trabalho “Águas de Pesqueira” - que por
reconhecimento compõe o título deste artigo - escrito com técnica e concisão
pelo ilustre pesqueirense Oton Augusto de Almeida citado em reportagem do
Diário de Pernambuco 27/07/1967.
Os dados sobre Pedra D’Água são poucos, o que
sabemos é que foi o primeiro sistema de abastecimento de água de Pesqueira. A
construção foi iniciada em 1907 na administração do prefeito Francisco Sinésio
de Araújo Cavalcanti (15/11/1907 – 15/11/1910) e com funcionamento a partir de
1909. De acordo com Luís Wilson (1980 p. 48) a “água foi canalizada em alguns
chafarizes na ‘rua’ e casas residenciais”.
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Açude Pedra D'Água em 1925. Cortesia de José Florêncio Neto. |
A primeira intervenção para melhorar o açude
ocorreu na administração do major Cândido Cavalcanti de Brito (15/11/1923 –
15/11/1925) onde foi feito o conserto emergencial de uma grande fenda que
existia no paredão pela qual se perdia muita água. Nas palavras do prefeito:
“procurei atender imediatamente aos reparos que reclamava o único reservatório
da cidade, o açude de Pedra D’Água, destinado ao abastecimento da população”
(Jornal do Recife, 12/07/1931).
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Prefeito Cândido de Brito |
Não pôde ser realizada algo mais aprofundado
por conta do alto volume de água da bacia, uma vez que o ano de 1924 registrou
um dos maiores índices pluviométricos da história do município de Pesqueira,
onde choveu 1.299,2 milímetros. Vale salientar que nesse biênio a prefeitura
investiu em abastecimento de água 3.805$130 – três contos, oitocentos e cinco e
cento e trinta réis, dos quais certamente a maior parte foi no conserto do
açude.
A administração do prefeito José de Almeida
Maciel (20/09/1926 – 30/04/1927) que assumiu a prefeitura depois da renúncia do
prefeito João Batista Muniz Falcão mesmo pelo curto período de tempo deu
continuidade aos trabalhos realizando uma grande reforma no açude realizada
entre novembro de 1926 e março de 1927.
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Prefeito José de Almeida Maciel |
Preocupado com o crescimento populacional e
com os longos períodos de seca que dificultavam o acesso à agua, o prefeito
José de Almeida Maciel com recursos próprios da prefeitura realizou a
construção da parede de reforço do açude de Pedra D’Água com a base de 5 metros
de espessura por 20 metros de extensão, na maior parte de pedra, argamassa de
cimento e cal, usando 72 milheiros de tijolos de alvenaria; aumentou em 1 metro
de profundidade a represa com a escavação do leito; construiu uma nova caixa
d’água; e adquiriu canos para melhorar a rede de distribuição junto à empresa
inglesa Mc Kinley, Swanwinck & Co. – vindos da Inglaterra, chegaram ao
porto do Recife e foram transportados para Pesqueira nos trens da Great
Western.
Para termos uma ideia do alto valor investido
na obra de reforma do açude de Pedra D’Água, são necessárias algumas
considerações: os encanamentos custaram 32 contos e 272 mil réis - divididos em
3 parcelas pagas em 10 de abril, 10 de junho e 10 de agosto de 1927; os
materiais de consumo para realização da reforma foram adquiridos quase que em
sua totalidade na Casa Sertaneja de Orestes Maciel e custaram 7 contos e 295
mil de réis; com folha de pessoal foram gastos 20 contos de réis – os operários
estavam sob a liderança do mestre de obras Sebastião de Lima e do apontador
Domingos Santa Cruz.
Após 18 anos da sua construção as
intervenções feitas pelo major Cândido de Brito e José de Almeida Maciel foram
fundamentais para que esse importante manancial hídrico continuasse a servir a
população pesqueirense que em 1924 era de 3.905 habitantes na área urbana,
sendo esta constituída por 997 habitações distribuídas em 34 logradouros.
Em 1932 a Inspetoria de Obras Contra as Secas
(IOCS) sob a coordenação do engenheiro Luís Vieira realizou serviços de
melhoramento e limpeza do açude no valor de 1 conto de réis. O prefeito Eliseu
Elói Cavalcanti (07/10/1930 – 20/10/1934) nessa época fez a desapropriação de
terras no entorno do açude no valor total de 20 contos de réis para que os
serviços das obras contra as secas fossem realizados.
Por mais de 40 anos Pedra D’Água foi o único
açude responsável pelo abastecimento de Pesqueira. E à medida que o tempo foi
passando ele foi ficando insuficiente diante do crescimento populacional e
habitacional da cidade. De acordo com o Censo a população da cidade de
Pesqueira em 1940 era de 8.472 habitantes, ou seja, três vezes mais do que
quando o açude de Pedra D’Água foi construído.
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Prefeito Arruda Marinho |
Por esta razão o prefeito João Arruda Marinho
dos Santos tomou a iniciativa da construção do açude de Afetos, após ter
assumido o mandato em 1⁰ de agosto de 1939, prova disso, é que já deixara
provisionados recursos para que no exercício de 1940 pudesse começar a obra. Em
telegrama de abril de 1940, enviado ao Interventor Agamenon Magalhães, diz
estar aguardando a inspeção da Inspetoria Federal das Obras Contra as Secas
(IFOCS) para começarem os serviços, uma vez que seria da responsabilidade do
órgão a execução e o auxílio com 70% dos custos financeiros.
Em 27 de novembro de 1940, o Diário do Estado
publicou o seguinte: “NOTICIÁRIO OFICIAL, registrando o recebimento do seguinte
telegrama: “[...] De Pesqueira – Informando haver a Prefeitura dado começo aos
trabalhos de construção do açude Afetos, destinado àquela cidade, orçado em 340
contos de réis, com capacidade para 550 mil metros cúbicos, em cooperação com a
Inspetoria de Obras Contra as Secas, que custeará 70% do valor da mesma obra”.
Em março de 1941 foi concluída a estrada de
rodagem ligando a cidade ao açude de Afetos. Em abril, o Secretário de Viação,
Dr. Gercino Pontes, esteve visitando as obras. Neste mesmo ano foram investidos
147 contos de réis. No início de 1942 o número de operários passou de 60 para
120 a fim de socorrer as pessoas que sofriam com a seca.
O Diário do Estado em 27 de abril de 1943
registrava o Projeto n⁰1 da Prefeitura de Pesqueira solicitando um crédito
especial de Cr$ 60.000,00 para prosseguimento das obras. Esse seria o oitavo
crédito aberto, os sete anteriores somaram Cr$ 370.000,00 dos quais haviam sido
gastos até o momento a importância de Cr$ 361.821,50 assim distribuídos: Cr$
229.173,80 despesas com operários; Cr$ 81.174,80 despesas com material de
consumo; e Cr$ 46.474,50 despesas com a estrada de rodagem, a colocação da
galeria de descarga e etc.
Porquanto, o saldo de Cr$ 4.022,70 era
insuficiente para a continuidade da obra, pois de acordo com a justificativa do
projeto a fiscalização do IFOCS avaliara que o total se elevaria para Cr$
400.000,00. Diante do embasamento o projeto recebeu parecer favorável do membro
do Departamento Administrativo do Estado, Sr. Manoel Leão, sendo aprovado por
todo o colegiado.
Um adendo, é que durante esse período
governamental chamado de Estado Novo não existiam eleições, ou seja, o Estado
através do Interventor Federal nomeava os prefeitos e com isso não havia o
funcionamento das Câmaras Municipais, passando os projetos do executivo a serem
submetidos à apreciação para aprovação ou não do Departamento Administrativo do
Estado.
Após 4 anos do início da obra, o Diário do
Estado publicava em 20 de dezembro de 1944 o telegrama do prefeito Arruda
Marinho informando a conclusão do serviço de terraplanagem do açude de Afetos,
faltando apenas o empedramento do sangradouro para que obra estivesse
finalizada. Tendo o novo açude municipal o custo total de Cr$ 475.168,70.
No mesmo telegrama Arruda Marinho faz um
apelo ao Interventor Agamenon Magalhães para que fossem iniciadas as obras de
canalização, pois o projeto já estava elaborado pelo Departamento de Saneamento
do Estado (DSE) e conclui dizendo que “constituiria a mais justa aspiração da
laboriosa população da cidade” (DO, 20/12/44).
As obras de canalização iniciaram em 1946,
possivelmente, ainda na administração de Arruda Marinho que foi prefeito de
Pesqueira por 8 meses desse ano - a sua primeira passagem pela prefeitura
encerrou em 20/11/1945, retornando por dois períodos em 1946 entre 12 de
fevereiro a 8 de agosto e de 21 de agosto a 14 de novembro.
Arruda Marinho continuou a lutar para que a
obra saísse do papel na Assembleia Legislativa de Pernambuco, visto que fora
eleito deputado estadual para a legislatura 1947/1951. O Requerimento nº 74 de
13/05/1947 de sua autoria solicita a urgência para que as obras de canalização
fossem intensificadas para resolver o grave problema de abastecimento de água
da cidade. Justificando que Pesqueira,
um importante centro industrial com cerca de 12 mil habitantes e diversas
instituições de saúde e educação, sofria com um sistema de abastecimento de água
obsoleto e insuficiente, construído há mais de 30 anos. Isso comprometia a saúde
pública, o desenvolvimento urbano e a expansão industrial.
Em resposta através do ofício datado de
27/05/1947 o Secretário de Viação João Holmes Sobrinho encaminha as informações
obtidas junto ao DSE por meio do seu diretor-engenheiro Antônio Figueiredo informando
que como não foi destinada verba no orçamento de 1947 para o Fundo de
Saneamento do Interior, não é possível acelerar as obras de abastecimento de
água em Pesqueira. Além disso, alerta que essas obras serão paralisadas em
breve se não forem obtidos novos recursos.
De fato os recursos investidos entre os anos
de 1946 e 1947 foram de apenas Cr$ 700.000,00. Diferente do período entre 1948
e 1950 onde o investimento saltou para Cr$ 2.700,00 permitindo a conclusão da
obra. O que permitiu esse aumento foi um empréstimo contratado pelo governo do
estado junto ao Banco do Brasil.
O prefeito Ésio Araújo em telegrama enviado
ao governador Barbosa Lima Sobrinho datado de 1⁰ de abril de 1949
parabenizava-o pela assinatura do empréstimo com o Banco do Brasil dando ao
governo os meios para realizar obras imprescindíveis para o estado e os
municípios a exemplo da conclusão do sistema de abastecimento de água de
Pesqueira por meio do açude de Afetos.
Em 4 de agosto de 1949, o jornalista Luiz
Neves correspondente do Diário de Pernambuco informava que o serviço de
abastecimento de água de Pesqueira estava prestes a ser concluído. Faltando a
chegada dos canos, que estavam atrasados. Mas, segundo fontes, os mesmos
chegariam ao Recife ainda naquele mês e seriam enviados em breve para Pesqueira
com vistas a finalizar a obra.
Enfim, chegou o grande dia da inauguração do
sistema de abastecimento d’água de Pesqueira – 27 de novembro de 1950. Depois
de 10 anos que as obras de construção do açude de Afetos começaram e após 4
anos do início do sistema de canalização foi concretizada tão importante obra
para Pesqueira, realização do sonho e da luta de tantos pesqueirenses, nos
cabendo destacar os papéis dos prefeitos Arruda Marinho e Ésio Araújo.
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Manchete do Diário de Pernambuco em 29/11/1950 |
A reportagem intitulada “Inaugurado o
abastecimento d’água de Pesqueira” do Diário de Pernambuco de 29/11/1950 trás
os detalhes do ato inaugural. Na ocasião, receberam o governador Barbosa Lima
Sobrinho e a sua comitiva o prefeito Ésio Araújo, o deputado Arruda Marinho e o
industrial Manoel de Brito que ofereceu um almoço para receber o chefe do
executivo estadual.
Dentre as pessoas que compunham a comitiva do
governador estavam: Artur Rui de Carvalho, secretário da Agricultura; deputado estadual
José Domingues, antigo interventor federal no Estado, em cuja gestão o serviço
de abastecimento d’água teve início; deputado estadual Nilo Coelho; Morais
Rêgo, prefeito do Recife; engenheiro Antônio Figueiredo, diretor do DSE e
responsável pela realização técnica dos trabalhos; engenheiro João Geraldo, do
DSE; além de jornalistas recifenses e outras autoridades.
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Diário de Pernambuco em 29/11/1950 |
O ato inaugural teve lugar a partir das 14
horas, na segunda-feira, 27 de novembro de 1950 no prédio da Estação de
Tratamento de Água – ETA Afetos, localizada na Rua Amazonas, s/n, Bairro da
Caixa D’Água em Pesqueira.
Na estação de tratamento e distribuição do
sistema de abastecimento d’água o governador e comitiva, antes que pudessem visitar
as moderníssimas instalações foram recepcionados pelos presentes com uma
calorosa salva de palmas enquanto a banda de música tocava o hino de
Pernambuco.
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Prefeito Ésio Araújo |
Na sequência da solenidade, o prefeito Ésio
Araújo, em discurso diante da multidão e na presença do governador Barbosa Lima
Sobrinho, destacou suas ações à frente da administração para melhorar
Pesqueira, com ênfase no abastecimento de água. Reconheceu o empenho do
deputado José Domingues e elogiou o papel do governador na conclusão das obras
em benefício da cidade.
Também fez uso da palavra o engenheiro João
Geraldo da Silva, em nome do engenheiro Antônio Figueiredo, focalizando o
trabalho do Departamento de Saneamento do Estado (DSE) na realização do
importante melhoramento em Pesqueira.
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Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho Governador de Pernambuco (1948/1951). |
Encerrando a solenidade, o governador Barbosa
Lima Sobrinho ressaltou a atenção de seu governo com as cidades do interior e
expressou satisfação por entregar a obra, afirmando ter correspondido à
confiança do povo ao ser eleito governador de Pernambuco.
Sobre o serviço executado o engenheiro
Antônio Figueiredo (DSE) fez considerações ao repórter do Diário de Pernambuco
e que são pertinentes à citação de forma resumida neste artigo. Vejamos:
· A água captada
do riacho Gitó, onde foi construído o açude Afetos com 18 m de altura e capacidade
de armazenar 550 mil m³ de água;
· A adutora inaugurada
tinha 5.400 metros de extensão com tubos de 5 e 4 polegadas, podendo fornecer até
1,2 milhão de litros por dia;
· O sistema de
tratamento era moderno e incluía floculação, decantação, filtração e
desinfecção por cloro;
· A estrutura
permitia a ampliação para tratar até 3 milhões de litros por dia;
· Na
extremidade da adutora foi instalada uma turbina hidráulica para aproveitar a
vazão da água e com capacidade de gerar 3 HP de energia para a iluminação e os
equipamentos da estação de tratamento;
· A rede distribuidora possuía 9.700 metros de extensão com diâmetro de 3 e 8 polegadas, atendendo quase toda a cidade, dividida em duas redes independentes por conta da topografia - zona alta e zona baixa, com reservatórios próprios com capacidades de 200.000 a 600.000 litros, respectivamente.
As obras do sistema adutor do açude de Afetos
custaram 3,4 milhões de cruzeiros e permitiram uma cobertura de distribuição de
água numa extensão de quase 10 km indo do bairro do Prado ao bairro da Pitanga
passando pela Praça Manoel Caetano de Brito, Avenida Comendador José Didier,
ruas Barão de Vila Bela, Zeferino Galvão, 13 de Maio e por tantas outras ruas
da cidade que já contava com 80 logradouros, 2.359 habitações e 13.291
habitantes na área urbana conforme os dados do Censo de 1950.
Por si, a inauguração do sistema de
abastecimento d’água é um fato de extrema importância para o município. Contudo,
o que o torna ainda mais relevante é que ele foi realizado por pessoas. Afinal,
quantos operários não derramaram incontáveis gotas de suor no trabalho braçal
para que as obras avançassem e beneficiassem toda população pesqueirense.
Sobre os operários não dispusemos de fontes
para nominá-los. Entretanto, localizamos a portaria n⁰ 384 de 09/08/1951
através da qual o Diretor Geral do Departamento Estadual de Saneamento nomeava
o pessoal para o Serviço de Abastecimento d'água de Pesqueira. Eram eles: Antônio
Alves Bezerra – Encarregado da Estação de Filtros; Francisco Soares de Araújo –
Encanador; Firmino Torres – Fiscal; Sebastião Eduardo – Ajudante de Encanador;
Airton Sampaio Alencar – Ajudante da Casa dos Filtros; Inácio Bezerra – Vigia
da Linha Adutora; Januário Teixeira – Vigia do Açude Afetos; Fortunata Maria da
Conceição – Encarregada da Torneira do Açude Pedra d’água; Terezinha Rocha
Cabral – Encarregada de Cobrança de Consumo; Marieta Francisca Araújo,
Sebastiana Assunção Melo, Maria Ester de Freitas, Sebastiana de Souza, Maria de
Lourdes Silva e Josefa Freire Araújo –
Guardas de Chafariz.
Essas informações são preciosas, primeiro
porque revelam que o sistema de abastecimento era integrado entre os açudes de
Pedra D’Água e Afetos; em segundo lugar pelas profissões que existiam à época
como as guardas de chafariz, responsáveis por cuidar desta estrutura pública usada
para o fornecimento de água a população, principalmente, aqueles que não
dispunham de água encanada nas suas residências. E por último, mas, não menos
importante por nos permitir nomear pessoas e celebrar memórias. A história é
viva porque foi feita por nossa gente, e que em sua maioria a escreveram no
anonimato.
Nestas
linhas, objetivamos abordar a trajetória histórica do fornecimento de água em
Pesqueira, a partir dos açudes pioneiros de Pedra D’Água e Afetos – localizados
no Território Indígena Xukuru do Ororubá – passando em revista o crescimento da
cidade e o esforço incansável de diferentes governos em responder as carências
do seu povo por aquele que sempre foi a maior necessidade dos municípios
nordestinos: o acesso à água – fonte vital para a vida humana e para o
desenvolvimento da cidade.
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Açude Pedra D’Água |
Por quarenta anos o açude de Pedra D’Água foi
o único a abastecer a cidade sendo símbolo de pioneirismo e da vontade de
servir a população pesqueirense de homens públicos da qualidade dos prefeitos
Francisco Sinésio, major Cândido de Brito, José de Almeida Maciel e Eliseu Elói
Cavalcanti.
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Açude Afetos |
Afetos, por sua vez, representa a luta
política e técnica de uma década de pessoas abnegadas em resolver o problema da
falta de água, a exemplo dos prefeitos Arruda Marinho e Ésio Araújo,
tornando-se insígnia da modernização e da quebra de barreiras antigas impostas
pela falta d'água e o aumento da população. A sua instalação transformou
Pesqueira num centro urbano muito mais organizado, assim permitindo que a
cidade enfrentasse de forma mais eficiente os períodos de seca e impulsionando
seu desenvolvimento econômico, educacional e industrial.
Em
síntese, documentar essa história, com base em fontes originais e dados
oficiais dos jornais da época, é reconhecer o valor da memória local e do
planejamento governamental. E principalmente, valorizar as vitórias coletivas
de uma cidade que, com trabalho duro e muita persistência, transformou a água
em ferramenta de cidadania e progresso.
Por Fábio Menino de Oliveira
Referências Bibliográficas
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ALMANAK ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL DO RIO DE JANEIRO -1891 a 1940- Edição B00067 de 1910, p. 94-95.
DIÁRIO DA MANHÃ – edições de 11/08/1932; 08/06/1932; 12/01/1935; 11/07/1941; e 05/07/1942.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO – edições de 22/07/1927; 10/4/1932; 04/02/1942; 08/04/1942; 23/12/1943; 18/08/1950; 29/11/1950; 1º/03/1958; 16/04/1958; e 27/07/1967.
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO – edições de 09/04/1940; 26/11/1940; 27/11/1940; 21/05/1941; 11/07/1941; 06/11/1941; 04/02/1942; 12/09/1942; 27/04/1943; 15/12/1943; 20/12/1944; e 18/08/1951.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Anuário estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1940.
JORNAL A PROVÍNCIA – edição de 29/3/1927.
JORNAL DO RECIFE – edição de 12/07/1931.
MACIEL, José de Almeida. Ruas de Pesqueira. Apresentação de Gilvan de Almeida Maciel. Recife, CEHM, 1987.
SETTE, Hilton. Pesqueira- Aspectos de sua Geografia Urbana e de suas Inter-relações Regionais. Tese de Concurso para Provimento de Efetivo da Cadeira de Geografia do Brasil com Colégio Estadual de Pernambuco. Recife: 1956.
WILSON, Luís. Ararobá, Lendária e
Eterna. CEPE/Pref. de Pesqueira. Recife: 1980.
Belíssimo e completo registro, caríssimo amigo Fábio Menino. Aplausos!
ResponderExcluirGrato meu amigo fraterno.
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