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domingo, 30 de agosto de 2015

A CONSTRUÇÃO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM MIMOSO.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Mimoso, em 08/07/2015 (Foto deste blog).

Em 1926 foi constituída uma Comissão para arrecadar fundos financeiros e de donativos para edificar a Igreja do ainda povoado de Mimoso que vivia nesta época o seu momento maior de desenvolvimento, uma vez que em 1925 já havia sido inaugurado o cemitério e o açougue local.

Sobre a arrecadação de donativos e os membros da Comissão Farid El-Khoury Aoun[1] no seu livro Do Cedro ao Mandacaru (1979), cita o seguinte:

“Possuía, àquela época [Mimoso], uma pequena capela dedicada a São Sebastião. Incentivei uma campanha pró-construção de uma igreja grande. Apertei os capitalistas locais que eram poucos: Luiz Gama, David Peixoto, Gervásio Tenório, Chico de Brito, sob a presidência do Major Tenório e, com outras contribuições de fora a igreja foi construída e dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Desses donativos consta a contribuição de Dom José Lopes, arcebispo da Diocese, e da Colônia Libanesa de Pernambuco”.

Desse modo, como a arrecadação para construção se deu no ano de 1926, possivelmente fora concluída em 1927 ou 1928, ainda não temos como precisar a data de sua inauguração por falta de fontes.

Festa de Nossa Senhora da Conceição em Mimoso, 1955. Juízes da festa Ivonildo Brito e Miraci (Foto do acervo da Fundação Possidônio Tenório de Brito).

           



[1] Nascido em Damour- Líbano em 24/01/1903 e falecido no Recife-PE em 18/08/1984. Filho do padre católico maronita José Aoun (que se chamava antes de ser sacerdote, Kalil Tarraf Aoun) e Jana Hanoud Aoun. Sua família era de classe média libanesa e com mais de 400 anos de tradição.
Como grande parte dos libaneses, Farid Aoun emigrou para o Brasil em 1913 junto com seu irmão Said Aoun e sua irmã Angèle. No Recife, trabalhou inicialmente na loja do conterrâneo Said Karam, todavia, o espírito libanês para o comércio fizeram os dois irmãos embarcaram num trem da Great Western e rumaram para o interior pernambucano, desembarcaram em Pesqueira nos idos de 1919, onde montados a cavalo e com um burro carregado de mercadorias passaram a mascatear pela região.
Seu irmão Said casou em 1921 com Tereza Tenório de Brito “Nita” (filha mais velha do Major Luiz Tenório de Albuquerque e Tereza de Brito Cavalcanti).
Farid se estabeleceu na década de 20 em Rio Branco (atual Arcoverde), onde fundou o Hotel Oriente. Retornou para o Líbano em 1932 para casar com Assma Akl Aoun e com ela teve 06 filhos: Samira, Samir, Munira, Nazira, Laila e Munir Aoun. Ao que consta ao retornar ao Brasil foi residir no Recife, onde ao lado do seu irmão se estabeleceram definitivamente mas, deram sua contribuição para o desenvolvimento da região, principalmente de Mimoso e Rio Branco.


Por Fábio Menino de Oliveira


REFERÊNCIAS:

AOUN, Farid El-Khoury. Do Cedro ao Mandacaru. Recife, FIDA- Editorial Comunicação Especializada S/C Ltda, 1979.

AOUN, Geraldo Tenório. A Vila de Mimoso: Pesqueira- PE tradições e costumes. Recife: Gráfica Editora Santa Cruz, 1986.

SAMPAIO, Yony. Francisco Ricardo Nobre, o inglês da Volta e sua descendência/ Yony Sampaio & Geraldo Tenório Aoun; apresentação Gilvan de Almeida Maciel. Recife: CEHM/FIDEM, 2003.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O REGISTRO DE BATISMO DO MAJOR TENÓRIO

 
Antiga fotografia do Major Tenório, sem data, acervo da Fundação Possidônio Tenório de Brito de Mimoso.
          De acordo com o registro transcrito abaixo sua data de nascimento foi em 15 de junho de 1861 no entanto não é especificado o local de seu nascimento, possivelmente terá sido na Fazenda Propriedade do seu pai. Vale salientar que o nome de sua mãe aparece com outro sobrenome ao invés de Joaquina Branca de Siqueira está Joaquina Pessoa de Albuquerque, o que era bastante comum para época essa variação de toponímicos sendo que os documentos eram preenchidos por escrivães e quase não existiam papéis assinados, bem como a taxa de analfabetismo era alta principalmente entre as mulheres.  

“Aos nove de novembro de mil oitocentos e sessenta e um na Propriedade, Batizei e pus os Santos Óleos a Luiz, branco, nascido a quinze de junho do dito ano, filho legítimo de Luiz Tenório de Albuquerque e de Joaquina Pessoa de Albuquerque; e foram padrinhos Francisco Cavalcanti de Albuquerque Júnior e Clara Felismina Cavalcanti. E para constar mandei fazer este assento no qual me assino. Pe. José Mathias Ribeiro, Vigário Colado”.


Nessa mesma data foram realizados outros três batismos na Fazenda Propriedade Seguem-se:

“Aos nove de novembro de mil oitocentos e sessenta e um na Propriedade, Batizei e pus os Santos Óleos a Anna, parda, nascida a nove de abril do dito ano, filha legítima de Francisco Pereira dos Santos e de Francilina Maria Constantina; e foram padrinhos José de Albuquerque Cavalcanti e Clara Felismina Cavalcanti. E para constar mandei fazer este assento no qual me assino. Pe. José Mathias Ribeiro, Vigário Colado”.

“Aos nove de novembro de mil oitocentos e sessenta e um na Propriedade, Batizei e pus os Santos Óleos a Manoela, parda, nascida a vinte e três de novembro de mil oitocentos e cinquenta e nove, filha legítima de Francisco Antônio de Melo e de Manoela Eleutéria de Jesus; e foram padrinhos Manuel Bezerra Cavalcanti e Tereza Bezerra Cavalcanti. E para constar mandei fazer este assento no qual me assino. Pe. José Mathias Ribeiro, Vigário Colado”.

“Aos nove de novembro de mil oitocentos e sessenta e um na Propriedade, Batizei e pus os Santos Óleos a Maria, preta, nascida no primeiro de abril de sessenta, filha natural de Florinda, escrava de Luiz Tenório de Albuquerque; e foram padrinhos Manoel Querubim de Melo e Dominicia Maria do Espirito Santo. E para constar mandei fazer este assento no qual me assino. Pe. José Mathias Ribeiro, Vigário Colado”.

Por Fábio Menino de Oliveira


REFERÊNCIAS

Brasil, Pernambuco, Registros Igreja Católica, 1762-2002/Cimbres/Nossa Senhora das Montanhas, Batismos, Nov. 1859-Set. 1863. Fonte: https://familysearch.org.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A PRAÇA DR. JOAQUIM DE BRITO EM MIMOSO

Duas fotos antigas e outras duas mais recentes da "Pracinha de Mimoso":

Foto do Álbum da Administração Ésio Magalhães Araújo- Município de Pesqueira 1948-1951. Recife: Oficinas do Diário da Manhã, 1951.


Foto do Acervo da Fundação Possidônio Tenório de Brito sem data.

Busto do Dr. Joaquim de Brito (foto deste blog).

Placa no púlpito do busto com a inscrição da data de inauguração da Praça (foto deste blog).


Esse é mais um registro fotográfico para a história de Mimoso, onde as imagens contam muito sobre o progressista distrito pesqueirense.


Por Fábio Menino de Oliveira.